2.6. Horta - Açores

Fonte

Revista Vida Abundante
N.º 73,74 - Jan.Fev.1967

Os primeiros baptismos na ilha

«Mais uma vez soa esta voz açoreana cristã em acção de graças e em testemunho do poder, graça e longanimidade do Nosso Deus.

Há, já alguns anos que se tem aberto este trabalho - Missão Evangélica da Horta - o qual tem requerido muito mais do que um integral espírito cristão, ou por ser uma cidade bastante contrária ao Evangelho, ou por tantas dificuldades, quer de ordem material, quer de ordem espiritual.

É todavia, digno de salientar o esforço de um querido irmão, João Marques Lopes, que até à minha vinda para aqui, vinha sendo um obreiro consagrado, humilde e abençoado do serviço do Senhor, em sacrifício da sua própria vida.

Possuímos um pequeno salão de renda, para os nossos cultos, onde nos reunimos e trabalhamos na apresentação do plano de Deus para a salvação do pecador. Já em 1964 efectuamos alguns baptismos, os primeiros evangélicos, neste lugar, que mereceram a curiosidade do povo, que acorreu à praia. O Senhor serviu-se deste dia para falar àquelas almas, por instrumentalidade dos seus servos.

Até agora, lutando sempre com a falta de recursos, de toda a ordem, só com indescritível trabalho, amor e zelo, tem sido possível continuar aberta esta porta para soar, em continuidade, a voz do Evangelho. Graças ao Senhor, não tem sido em vão o esforço dispendido. Em todo o tempo se tem conhecido a bênção e a graça de Deus. Aleluia !

Esta congregação tem apenas uma vintena de membros, na maioria pobríssimos. No entanto, graças também ao espírito de fraternidade dos nossos irmãos de Margarida de Chaves, ilha de S. Miguel, vamos caminhando, ainda que lentamente, mas crendo em melhores dias.

Foi ainda aqui que, no dia 24 de Julho (1966), vimos o Senhor a operar maravilhosamente. Dois irmãos, Albano José dos Ramos e Fernanda Maria de Simas Alves, que nesta igreja foram chamados e fizeram parte dos 13 baptizados em 1064, consorciando-se agora, vieram testemunhar, perante a congregação, a sua submissão ao Senhor Jesus, ansiando a bênção divina para o lar a constituir, no temor e dependência de Deus. O acto, foi presenciado por cerca de 70 pessoas, na maior expectativa e reverência. Graças a Deus ! Assim foi aproveitado o momento de, ao lermos aos nubentes Ef. 5:22,33 e 1Pe 3:1,7, ser simultaneamente dada à assistência a mensagem de Feus, devidamente assimilada por tantos corações. Acto até agora inédito nesta ilha, decorreu na dependência do Senhor e assim percebemos bênção imensa. (....) - Luís Manuel Mendes de Melo.»