Distintivos das Assembleias de "Irmãos"


4. A ordem e a disciplina na Assembleia

No ano de 1836, Müller e Craick sentiram algumas dificuldades com as duas assembleias (igrejas) em Bristol. Na medida em que o número de crentes aumentava, também crescia o número de problemas, principalmente os de ordem disciplinar. Aconselhados por Robert Chapman de Barnstaple, tiveram um retiro espiritual de duas semanas, tendo chegado às seguintes conclusões:.

1. OS ANCIÃOS

  • Deve haver pluralidade em cada Igreja - At. 14:23; 20:17; Tito 1:5; 1Pe. 5:1
  • Os anciãos são constituídos pelo Espírito Santo - At. 20:28
  • Essa constituição é confirmada pelo facto de se possuir determinadas qualidades - 1Tm 3:2-7; Tt. 1:6-9 e pelo modo em que Deus abençoa o seu ministério - 1Co. 9:2
  • Os crentes devem reconhecê-los e submeterem-se a eles no Senhor - 1Ts 5:12, 13; Hb 13:7,17; 1Tm. 5:17.

2. ORDEM E DISCIPLINA

  • Depois de considerados pelos anciãos, os assuntos de ordem e disciplina na igreja deverão resolver-se, finalmente, na presença da igreja reunida - Mt. 18:17; 1Co. 5:4,5,7,12,13; 2Co. 2:6-8
  • Devemos receber em comunhão a todos os que confessam, com sinceridade de coração, a sua fé em Cristo - Rm. 15:7, e esta decisão deve ser tomada tanto pelos anciãos como por toda a Igreja.

3. A CEIA DO SENHOR

  • Não existe mandamento na Bíblia quanto à frequência da sua celebração, mas o exemplo dos apóstolos sugere que o faziam cada domingo - At. 20:7;
  • A reunião da Ceia do Senhor simboliza a participação em comum dos benefícios da morte de Cristo e nossa união com Ele e uns com os outros - 1Co. 10:16,17. Por isso deveria haver oportunidade para ensinar, exortar, louvar e dar graças - Rm 12:4-8; Ef 4:11-16
  • A reunião normalmente deve ser dirigida por mais do que uma pessoa. Os que têm o dom de ensinar, ou exortar têm a responsailidade de os exercer para edificação de toda a igreja.
  • É preferível que cada crente parta ele mesmo o pão, quando este passa por ele. Isto está mais de acordo com a letra da Escritura "o pão que partimos" - 1Co. 10:16,17. Além disso, expressa o facto de que todos, devido aos nossos pecados, quebrantamos o corpo do Senhor, e demonstra mais claramente ainda, que essa ordenança é um acto de obediência e adoração colectiva, não querendo com isso que seja administrada por alguém pretensamente revestido de um carácter ministerial ou eclesiástico.

Adaptado de "Os Distintivos das Assembleias", de H.G. Mackay